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(ENEM 2015) As narrativas indígenas se sustentam e se perpetuam
por uma tradição de transmissão oral (sejam as histórias
verdadeiras dos seus antepassados, dos fatos e guerras
recentes ou antigos; sejam as histórias de ficção, como
aquelas da onça e do macaco). De fato, as comunidades
indígenas nas chamadas “terras baixas da América do
Sul” (o que exclui as montanhas dos Andes, por exemplo)
não desenvolveram sistemas de escrita como os que
conhecemos, sejam alfabéticos (como a escrita do
português), sejam ideogramáticos (como a escrita dos
chineses) ou outros. Somente nas sociedades indígenas
com estratificação social (ou seja, já divididas em
classes), como foram os astecas e os maias, é que surgiu
algum tipo de escrita. A história da escrita parece mesmo
mostrar claramente isso: que ela surge e se desenvolve –
em qualquer das formas – apenas em sociedades
estratificadas (sumérios, egípcios, chineses, gregos etc.).
O fato é que os povos indígenas no Brasil, por exemplo,
não empregavam um sistema de escrita, mas garantiram
a conservação e continuidade dos conhecimentos
acumulados, das histórias passadas e, também, das
narrativas que sua tradição criou, através da transmissão
oral. Todas as tecnologias indígenas se transmitiram e se
desenvolveram assim. E não foram poucas: por exemplo,
foram os índios que domesticaram plantas silvestres e,
muitas vezes, venenosas, criando o milho, a mandioca (ou
macaxeira), o amendoim, as morangas e muitas outras
mais (e também as desenvolveram muito; por exemplo,
somente do milho criaram cerca de 250 variedades
diferentes em toda a América).
A escrita e a oralidade, nas diversas culturas, cumprem diferentes objetivos. O fragmento aponta que, nas sociedades indígenas brasileiras, a oralidade possibilitou
a) a conservação e a valorização dos grupos detentores de certos saberes.
b) a preservação e a transmissão dos saberes e da memória cultural dos povos.
c) a manutenção e a reprodução dos modelos estratificados de organização social.
d) a restrição e a limitação do conhecimento acumulado a determinadas comunidades.
e) o reconhecimento e a legitimação da importância da fala como meio de comunicação.
D’ANGELIS, W. R. Histórias dos índios lá em casa: narrativas
indígenas e tradição oral popular no Brasil. Disponível em:
www.portalkaingang.org. Acesso em: 5 dez. 2012.
A escrita e a oralidade, nas diversas culturas, cumprem diferentes objetivos. O fragmento aponta que, nas sociedades indígenas brasileiras, a oralidade possibilitou
a) a conservação e a valorização dos grupos detentores de certos saberes.
b) a preservação e a transmissão dos saberes e da memória cultural dos povos.
c) a manutenção e a reprodução dos modelos estratificados de organização social.
d) a restrição e a limitação do conhecimento acumulado a determinadas comunidades.
e) o reconhecimento e a legitimação da importância da fala como meio de comunicação.
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